7 de dezembro de 2010

Não ao Aborto




Oi, mamãe. Eu sou o seu bebê. Você não me conhece, eu tenho apenas algumas semanas de idade. Você vai descobrir sobre mim em breve, porém, eu prometo.
Deixe-me dizer-lhe algumas coisas sobre mim. Meu nome é João, e eu tenho lindos olhos castanhos e cabelo preto. Bem, eu não tenho ainda, mas eu vou ter quando crescer. Eu vou ser o seu único filho, e você vai me chamar seu primeiro e único. Eu vou crescer sem um pai em sua maioria, mas nós temos um ao outro. Vamos ajudar uns aos outros e amar uns aos outros. Eu quero ser médico quando crescer.
Ficou sabendo sobre mim hoje, mamãe! Você estava tão animada, você não poderia esperar para contar a todos. Tudo que você podia fazer era sorrir todos os dias, e a vida era perfeita. Você tem um sorriso lindo, mamãe. Será o primeiro rosto que eu vou ver na minha vida, e será a melhor coisa que eu ja vi.
Hoje foi o dia que você disse ao papai. Você estava tão animado para contar-lhe sobre mim! … Ele não estava feliz, mamãe. Ele meio que ficou com raiva. Eu não acho que você notou, mas ele ficou. Ele começou a falar de uma coisa chamada casamento, e dinheiro, contas, e coisas que eu não acho que entendo ainda. Você ainda estava feliz, embora, por isso eu estava bem. Então ele fez
algo assustador, mamãe. Ele bateu em você. Eu poderia sentir você cair para trás, e suas mãos voando para me proteger. Eu estava bem … mas eu estava muito triste. Você estava chorando, então, mamãe. Isso é um som que eu não gosto. É não me faz sentir bem. Ele me fez chorar, também. Ele pediu desculpas depois, e ele abraçou você novamente. Você perdoou, mamãe, mas eu não tenho certeza se eu
vou perdoa-lo. Ele não estava certo. Você diz que ele te ama … então por que ele iria machucá-la? Eu não gosto dele, mamãe.
Finalmente, você pode me ver! Seu estômago é um pouco maior, e
você está tão orgulhoso de mim! Você saiu com sua mãe para comprar roupas novas, e você estava tão tão tão feliz. Você canta para mim, também. Você tem a mais bela voz do mundo inteiro. Quando você canta é quando eu estou mais feliz. E você fala comigo, e eu me sinto seguro. Tão seguro. É só esperar e ver, mamãe. Quando eu nasci eu serei perfeito para você. Vou deixá-la orgulhosa, e eu te amo com todo meu coração.
Eu posso me mover as mãos e os pés agora, mamãe. Eu faço isso porque você colocar o suas mãos sobre sua barriga para sentir-me, e eu ri. Você ri também. Eu amo você, mamãe.
Papai chegou a vê-la hoje, mamãe. Eu fiquei com medo. Ele estava agindo engraçado e que ele não estava falando direito. Ele disse que não quer você. Eu não sei porquê, mas foi o que ele disse. E ele te bateu novamente. Eu tenho raiva, Mamãe. Quando eu crescer eu prometo que não vou deixar você se machucar! Eu prometo protegê-la. Papai é ruim. Eu não me importo se você acha que ele é uma boa pessoa, eu acho que ele é ruim. Mas ele bateu em você, e ele disse que não nos queria. Ele não gosta de mim. Por que ele não gosta de mim, mamãe?
Você não falou comigo esta noite, mamãe. Está tudo bem?
Já se passaram três dias desde que você viu o papai. Você não falou comigo ou tocou em mim ou qualquer coisa desde então. Você ainda me ama mamãe? Eu ainda te amo. Eu acho que você se sente triste. A única vez que eu sinto que você é quando você dorme. Você dorme engraçado, tipo de enrolado ao seu lado. E você me abraça me com seus braços, e eu me sinto seguro e morno novamente. Por que não faz isso quando está acordada mamãe?

Estou 21 semanas de idade hoje, mamãe. Você não tem orgulho de mim? Nós estamos indo em algum lugar hoje, e isso é algo novo. Estou animado. Parece um hospital, também. Eu quero ser médico quando crescer, mamãe. Já contei isso? Espero que você esteja tão animada quanto eu. Eu não posso esperar.

… Mamãe, eu estou ficando com medo. Seu coração ainda está batendo, mas eu não sei o que você está pensando. O médico está conversando com você. Eu acho que algo que vai acontecer em breve. Estou muito, muito, muito assustado, Mamãe. Por favor, me diga que você me ama. Então eu vou sentir seguro novamente. Eu amo você!
Mamãe, o que estão fazendo para mim? Isso dói! Por favor, fazê-los parar! Eu me sinto mal! Por favor, mamãe, por favor, por favor me ajude! Faça-os parar!
Não se preocupe mamãe, eu estou seguro. Eu estou no céu com os anjos agora. Eles disseram-me o que você fez, e eles disseram que isso é chamado de aborto.
Por que, mamãe? Por que você fez isso? Você não me ama mais? Por que você quis se livrar de mim? Estou muito, muito, muito triste se eu fiz alguma coisa errada, mamãe. Eu te amo, mamãe! Eu te amo com todo meu coração. Por que você não me ama? O que eu fiz para merecer o que eles fizeram para mim? Eu quero viver, mamãe! Por favor! Realmente, dói muito ver você não se importar sobre mim, e não falar comigo. Eu não te amo o suficiente? Por favor, diga
você vai me manter, mamãe!
Eu quero viver a sorrir e ver as nuvens e
ver seu rosto, crescer e ser um médico. Eu não quero estar aqui, eu
quero que você me ame de novo! Estou realmente me sinto muito triste se eu fiz algo de errado. Eu te amo mamãe!

——-

Todo aborto é apenas …
Mais um coração que estava parado. Dois olhos que nunca mais vai ver. Duas mãos que nunca mais vai tocar. Duas pernas mais do que nunca será executado. Mais uma boca que nunca vai falar.
Se você é contra o aborto, Reblog.

18 de novembro de 2010

Eterno Equanto Dure

E aos 15 anos, aquela menina descobriu que aquele amor que ela sentia era maior que ela. E o que ela podia fazer com ele? Onde guardar o infinito, se tudo na vida parece ser tão finito e com prazo de validade?
Aquele amor fazia ela explodir. Explodir de tudo quanto é sentimento. Todos e tantos que ela nem sabia o nome. Porque o amor é isso, a mistura complexa, mesclada e explosiva de todos os sentimentos possíveis e imagináveis. Mas o amor também é infinito, talvez tenha uma definição diferente para tal, mas não deixa de ser infinito. Não existe "eu te amo 50kg" até porque qual seria a unidade de medida pra uma coisa que se sente? Quando se ama de verdade, aquele amor não acaba em determinado ponto. Ele é inacabável, mesmo que seja só por um período de tempo. Por isso a famosa frase "que seja eterno enquanto dure.."
Que seja.. Embora, nós, no fundo, ou mesmo no raso, esperamos sempre que ele seja eterno para sempre..

18 de outubro de 2010

Compreendendo o Amor...

Havia duas crianças. Uma menina e um menino. A menina devia ter por volta de seis anos e o menino tinha sete. Ele estava brincando na areia do parque e a menina estava observando as borboletas que por ali voavam e encantavam com sua beleza e sincronia de suas cores vibrantes. Enquanto a menina acompanhava não só com os olhos as borboletas, ela acabou tropeçando no menino ali abaixado e destruindo seu projeto de castelo de areia. Ele ficou com raiva e ao mesmo tempo não sabia expressar o sentimento que tinha por ela. Então ele acabou gritando com ela e virou de costas para construir um novo castelo. A menina ficou olhando pra ele e se sentiu mal por ter destruído sua brincadeira. E sem ligar pra grosseria do garotinho, ela pegou e se abaixou ao lado dele para ajudá-lo a construir de novo outro castelo. Ele, sem saber o que fazer, parou de mexer na areia e ficou pensando por que a menina estava o ajudando depois dele ter gritado com ela. Ele não gostou da confusão que se formou na sua cabeçinha oca e a empurrou na areia. Ela parou por um instante e os dois se encararam por alguns segundos. Ele com uma cara de mal e ela com uma expressão serena. Ela entendeu tudo: ele gostava dela. Ela sorriu pra ele e ele a mostrou a língua, com isso ela teve certeza. Percebendo o mau jeito do menino com o sentimento que ele não entendia dentro dele, ela relevou e tentou ajudá-lo novamente. Portanto, ele mais uma vez, desajeitado com aquele sentimento se levantou zangado e foi brincar em outro lugar. Ela, por sua vez, não entendeu por que ele a tratava mau se gostava dela, ela também gostava dele e não o tratava mal... A menina percebeu que ele estava olhando pra ela de rabo de olho e então ela pegou uma borboleta e deu pra ele. O garoto chegou a conclusão de que quando a gente ama alguém muitas vezes não sabemos direito o melhor jeito de tratá-las, mas ele percebeu que quanto mais ela o tratava de um jeito oposto ao dele, mais ele gostava dela. Então ele concluiu que devemos tratar bem as pessoas que gostamos, assim elas só gostarão mais da gente. Devemos tratá-las do jeito que gostamos que elas nos tratem. Ele pegou a borboleta, a beijou e a devolveu para a menina e disse que a beleza da borboleta combinava mais com ela do que com ele.

15 de outubro de 2010

NEOQEAV

Primeiro eu gostaria de informar que esse texto é uma adaptação minha.


Meus avós já estavam casados há mais de cinqüenta anos e continuavam jogando um jogo que haviam iniciado quando começaram a namorar. 
A regra do jogo era que um tinha que escrever a palavra "neoqeav" num lugar inesperado para o outro encontrar, quem a encontrasse deveria escrevê-la em outro lugar e assim sucessivamente. 
Eles escreviam "neoqeav" com os dedos no açúcar dentro do açucareiro ou no pote de farinha para que o próximo que fosse cozinhar a achasse. Escreviam na janela embaçada pelo sereno que dava para o pátio onde minha avó nos dava pudim que ela fazia com tanto carinho. "Neoqeav" era escrita no vapor deixado no espelho depois de um banho quente, onde a palavra iria reaparecer depois do próximo banho... Cada idéia superava a outra... Uma vez, minha avó até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico para deixar "neoqeav" na última folha e enrolou tudo de novo. 
Não havia limites para onde "Neoqeav" pudesse surgir. Pedacinhos de papel com "Neoqeav" rabiscado apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam. Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos e deixados debaixo dos travesseiros. "Neoqeav" era escrita com os dedos na poeira sobre as prateleiras e nas cinzas da lareira. Esta misteriosa palavra tanto fazia parte da casa de meus avós quanto da mobília. Levou bastante tempo para eu passar a entender e gostar completamente deste jogo que eles jogavam. Meu ceticismo nunca me deixou acreditar em um único e verdadeiro amor, que possa ser realmente puro e duradouro. Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós. Este era profundo. Era mais do que um jogo de diversão, era um modo de vida. 
Seu relacionamento era baseado em devoção e uma afeição apaixonada, igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar. O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam. Roubavam beijos um do outro sempre que se esbarravam naquela cozinha tão pequena. Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro e todo dia resolviam juntos as palavras cruzadas do jornal. Minha avó cochichava para mim dizendo o quanto meu avô era bonito, como ele havia se tornado um velho charmoso. E ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos. 
Antes de cada refeição eles se reverenciavam e davam graças a Deus e bençãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa, para continuarmos sempre unidos e com boa sorte. 



Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós: minha avó tinha câncer de mama. A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes. 

Como sempre, vovô estava com ela a cada momento. 
Ele a confortava no quarto amarelo deles, que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse sempre rodeada da luz do sol, mesmo quando ela não tivesse forças para sair. 

O câncer agora estava de novo atacando seu corpo. 

Com a ajuda de uma bengala e a mão firme do meu avô, eles iam à igreja toda manhã, mas minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que, finalmente, ela não mais podia sair de casa. Por algum tempo, meu avô resolveu ir à igreja sozinho, rezando a Deus para zelar por sua esposa. Então, o que todos nós temíamos aconteceu. 

Vovó partiu. 

"Neoqeav"foi gravada em amarelo nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores do funeral da vovó. 
Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios, primos e outras pessoas da família se juntaram e ficaram ao redor da vovó pela última vez. Depois de finalizar suas orações cada um foi saindo até que  meu avô foi o único que ficou bem junto do caixão da vovó e, num suspiro bem profundo, começou a cantar para ela. 
Através de suas lágrimas e pesar, a música surgiu como uma canção de ninar que vinha bem de dentro de seu ser. Me sentindo muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento. Porque eu sabia que mesmo sem ainda poder entender completamente a profundeza daquele amor, eu tinha tido o privilégio de testemunhar a beleza sem igual que aquilo representava. 

Quando chegamos em casa meu avô foi ao banheiro e foi tomar seu banho pra deitar, e quando saiu do chuveiro viu no espelho o "neoqeav" que minha avó havia escrito, e havia surgido novamente com o vapor do banho do vovô. E foi o que lhe deu forças para ele Nunca Esquecer O Quanto Eu (a vovó) Amo Você.

Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você = "NEOQEAV"

10 de outubro de 2010

Uma menina...

Naquela janela mora uma menina repleta de sonhos e anseios. Sempre a vejo olhando pela janela a observar o mundo e a imaginar as oportunidades. Eu olho pra ela e imagino o que se passa em sua cabeça. O que ela pensa enquanto está admirando seja lá o que for. Só vejo seus olhos brilharem fazendo parecer que estão criando poesias e prosas sobre o que ela nem conhece. Eu a admiro, a invejo de uma certa forma. Mas não é uma inveja ruim, é uma forma de admirar, só que de um jeito diferente, já que eu nem sei quem ela é, nem a conheço, o que eu sei dela é apenas uma fantasia. Criei uma menina que sonha um dia poder viajar pelo mundo, que tem como ídolos pessoas que foram recriminadas pela sociedade por terem uma visão diferenciada e mais ampla pra época em que viveram. A personagem que eu criei é uma adolescente, ela é bonita e quer mudar o mundo. Ela é uma adolescente comum, como ela quer. Porém, as vezes, ela se sente como se ela não quisesse ser comum. Quisesse ser madura e bem resolvida. Ela parece querer ter uma opinião própria sobre tudo, mas ao mesmo tempo não quer ter opinião sobre nada. Ela se encaixa àquele trecho da música do Raul Seixas e prefere ser uma metamorfose ambulante do que ter uma velha opinião formada sobre tudo. Ela quer se vestir igual às outras meninas da sua idade, mas ao mesmo tempo não quer ser confundida na multidão. Quem é essa menina que tanto quer, que nem sabe o que pode ter? Ela quer andar pelo mundo concertando tudo de errado que for vendo pelo caminho. Quer ser uma pessoa querida pelos mais queridos. Quer inteligência e a admiração dos admirados. Ela quer viver um amor de Shakespeare e ter um oceano de experiências de vida e histórias pra contar. Quer abraçar o mundo e suas causas. Quer ser lembrada pelo que fez, cobiçada pelos homens, invejada pelas mulheres, causar polêmica e salvar tudo o que há para ser salvo. Ela quer ser tudo. Mas na verdade é só uma menina que eu nem conheço e talvez, inconscientemente, a minha ilusão sobre ela, seja o que eu sou mas nunca soube definir.

9 de outubro de 2010

"in you I couldn't be strong"

E então ela entrou no salão. Carregava consigo uma carga pesada e um olhar de quem está perdida e machucada. Seus olhares se encontraram e ele tinha uma expressão de quem estava esperando por alguma coisa, algum movimento de fraqueza ou de coragem. Esperando por algo dela, esperando o perdão, torcendo para que ela se rendesse à tentação, à paixão, mas ao mesmo tempo, enquanto ele acompanhava cada movimento dela, seu coração ia se encolhendo dentro dele, a esperança ia indo embora devagar, calmamente, parecia que alguém estava o desmontando como se ele não servisse mais, e guardando as partes restantes dentro de uma caixa que não se abriria nunca mais. Ele lutou tanto contra àquele amor, e quando finalmente admitiu e se entregou ao sentimento, ele sentiu estranhas borboletas em seu estômago, sentiu-se tão vulnerável e ao mesmo tempo tão vibrante mesmo achando que não tinha nascido para receber o amor de alguém, e que ele não era bom o suficiente para ela, mas mesmo assim se entregou aquele sentimento tão estranho pra ele. E ela, que por sua vez, sempre seguiu com tanta rigidez as regras impostas pela sociedade e se mostrou durona e forte perante a todos, se humilhou tantas vezes só para que conseguisse o tão esperado "eu te amo" dele. Tudo estava indo certo, parecia que os dois finalmente teriam o final feliz merecido, mas duas pessoas tão sádicas e crueis talvez não merecessem estar tão felizes. Ou talvez só merecessem estar felizes se fosse juntos, porque os dois se mereciam e precisavam um do outro. Mas parece que o destino não colaborou muito, ou então eles não conseguiriam mesmo fazer aquela maturidade render e aquele amor não poderia falar mais alto que suas origens maléficas por muito tempo, e de repente o amor não era mais incondicional, talvez até fosse, mas ela não aceitava mais que fosse. E ela lutava contra aquele sentimento com todas as suas forças, sabia que não era o suficiente, mas ela não gostava da pessoa que ela se tornou junto a ele. Ela sabia que aquela era ela, mas ela fugia da realidade ferozmente, e isso poderia ser um ato de amadurecimento, ela não queria regredir. Não queria ser fraca. Apesar dele ter aceitado ser "fraco" para admitir o amor por ela.
Seus olhares continuavam a se encarar, e uma lágrima escorreu por seu delicado rosto. Era o retrato de seu coração. Ele havia quebrado seu frágil coração e ela não podia aceitar aquilo.
Ela tomou a iniciativa de desviar-lhe o olhar, hesitou por um instante, parecia que ele ia fazer algo pra que aquilo não acontecesse, ele sabia que eles não teriam outra chance. Mas pra ela, eles já não tinham mais. Ela se virou e ficou parada por alguns segundos, pedindo, gritando calada para que ele fosse atrás dela. Ela olhou pra trás para ver se ele continuava parado, e sim, lá estava ele, mais uma vez se acovardando. Basta. Ela foi embora, e dessa vez foi pra sempre.

30 de agosto de 2010

Opostos

Um dia ele acordou e viu que algo havia mudado. Ele não se sentia mais como antes, sabia que era o mesmo, mas uma versão diferente dele mesmo. O que tinha acontecido com aquele garoto inconsequente e garanhão? Ele tinha encontrado uma garota inconsequente como ele, mas que levava a vida de um modo diferente. Ele sabia que se queria aquela garota teria que se encaixar aos padrões dela, ela estava a uns dois mil passos a frente dele. Ele se sentia um zero a esquerda ao lado dela, porém nunca se sentiu melhor com ninguém. Ele não sabia, mas ela não ligava dele ser como era, ela queria ele como ele queria ela. Ninguém saberia explicar o que eles viram um no outro, já que eram de galáxias tão opostas. Ele não mudou, nem amadureceu, só deixou de ser o garanhão e conquistou a garota dos seus sonhos. Se sentia completo e apaixonado, essa era a nova versão da qual eu me referia. Agora eram dois inconsequentes juntos, com seus próprios defeitos e qualidades, atrapalhados e envergonhados (sintomas do amor), mas felizes e completos.

11 de julho de 2010

Da Onde Vem a Sua Felicidade?

Você passa a vida toda procurando a felicidade? E procura aonde? Em alguém? Em algo? Se você parar de procurar, talvez a ache...





...dentro de você. Procure-a em um só lugar, ela está lá pronta pra explodir, pronta para multiplicar-se e doar-se. Você faz a sua felicidade, não corra atrás de um mundo de sonhos, contos de fada, utopias, pessoas que não fazem sentido ou não valem a pena. Seja auto-suficiente, independente e feliz consigo mesmo. Ela só está em um lugar, se você não quiser encontrá-la dentro de você, não a achará em lugar algum. Não desista, ela vale ouro!

16 de junho de 2010

Brindem e Não Entendam

O que é isso? Isso que eu estou sentindo. Isso que me deixa sem controle, me deixa sem noção, sem preocupação. Sem nada. Ou melhor, sem tudo. Não tenho nada. Na verdade, me expressando melhor, não tenho nada de ruim. E talvez tenha até quase tudo de bom. Papo de louco? Com certeza, mas você não sabe exatamente que tipo de louca eu me refiro. Minhas pálpebras estão caindo. Minha consciencia? Onde? Alguém viu? Eu a tinha perdido a pouco tempo. Nem sabia o que era consciencia. Mas parece que aos poucos, ela vinha dando as caras, e de uma maneira pesada... Se isso é uma sensação tão agradável e viva, por que quando acaba nos deixa assim? É coisa boa ou ruim? Talvez não seja boa ainda, ou talvez nunca seja boa. Mas infelizmente a vida é assim, o que nos deixa feliz ao extremo, na maioria das vezes, é errado. O que é errado então, afinal? Ser muito feliz? Estar satisfeito com tudo? Isso não pode ser errado. Isso deveria ser o certo. Porém onde estaria o certo então, se não existisse o errado? É a mesma coisa com a felicidade. Se a tristeza não existisse, como saberíamos o que é felicidade? Como saberíamos quão boa ela é? Precisamos de um "oposto", para dar o devido valor.
Brindem, e não entendam nada. Assim estarão entendendo de verdade.

10 de junho de 2010

Ciência e Fé.. ou falta de fé

Eu amo aula de Ciências, Me fascina demais. Meu professor é um profissional excepcional e uma pessoa de tirar o chapéu também. Hoje ele estava falando de como os homens são desleixados. Alguns. Ele deu o exemplo de depois de uma relação sexual o homem se vestiria e iria tomar uma cerveja. "Não é assim!", ele disse, "não pode ser assim! As mulheres não são assim". É admirável ver o jeito como ele realmente se importa. Nenhum professor me deixa tão vidrada na aula quanto ele. E não pense que é porque o assunto (sexo) é que interessa as pessoas. Porque até quando ele está falando de átomos eu me perco em seus conhecimentos. Incrível como a Ciência é impressionante, magnífica e rica em mínimos detalhes. Esse professor se importa com a gente, ele parece se importar de verdade. Depois dele ter me explicado algo que perguntei com toda calma e riqueza de conhecimentos ele disse "Toma cuidado, Joana". Ele não explico com o que exatamente era pra eu tomar cuidado mas eu me senti digna da sua preocupação, me senti bem, ele pediu de verdade.
É tocante quando a gente recebe algumas demonstrações de afeto, que seja, assim espontâneas e inusitadas. Eu precisava disso e nem sabia. Não que eu não receba, mas que eu precisava. Eu estou apreensiva e com a consciência pesada. Decepcionei meus pais. Mais uma vez. Vai parecer drama, mas eu queria tanto acreditar em Deus. Ter fé. Essa fé ajudaria nas situaçãoes complicadas que parecem que vem uma atrás da outra infinitamente. Não é drama mesmo, eu sei que tem pessoas que tem fé, mas mesmo assim não deixam de morrer. Isso me encanta. Ver pessoas perdendo filhos e não deixando sua fé abalada. Esse é apenas um exemplo de pessoas que não deixam de acreditar, mesmo passando por situações que parecem que foram esquecidas por Deus.
Eu vejo a fé como uma força que há dentro das pessoas, quase indestrutível, que ajuda em pequenas situações, de pequena e pequena. As vezes, quando se há uma fé inabalável, faz coisas inacreditáveis. Mas pra mim, a fé, na sua essencia, está aí pra nos ajudar em qualquer que seja a situação, mesmo que seja só pra te dar força e esperança. São em situações complicadas como a que eu estou passando, mesmo incomparável com reais problemas, que eu me lembro que a fé me falta e o quanto eu gostaria de tê-la.
Onde está a minha fé??? Espero que a sua esteja com você, ou que pelo menos você saiba em que acredita..
Engraçado o rumo que esse texto tomou. Comecei falando de ciências e acabei falando de fé. Ironico...


Pra quem não alcançou tudo o que sempre quis...

Um dia você alcança

Arrisque!

Arriscar... Todo mundo vive correndo riscos. Arriscando que se consegue. Claro que as vezes a gente acaba caindo, ou se decepcionando. Mas a vida é tão simples... Não se precisaria arriscar tanto se a gente parasse de complicá-la desse jeito. Então as vezes, até pensar é um risco. Mas fazer o que? Tem gente que se arrisca só porque gosta de um risco, e não por querer aquilo de verdade. Mas os maiores riscos, geralmente são os que a gente passa quando está lutando por alguma coisa que você quer demasiadamente; quando você não mede esforços e nem pensa muito. Porque você sabe que é um risco tão grande, que se você pensar demais, vai acabar ficando com medo de correr esse perigo. Aí você para. Para de pensar, e continua. Arrisca... E é assim mesmo: "três pontinhos". Porque você não sabe o que vai acontecer. Afinal se você está se arriscando, você não sabe se alcançará, mas paga pra ver.
Arrisque, pode ter alguém pra te segurar se você cair........... ou não hehe

4 de junho de 2010

Outra Oportunidade

Você, alguma vez, estava andando e percebeu que, por estranhar o caminho, que a vida estava te levando para outro lugar? Pra um lugar onde você já esteve e onde se sentia no paraíso, só que sem o conhecer o suficiente, virou pra um lado aonde tinha uma porta. Você a abriu e entrou. Assim que entrou, percebeu que saiu. Quando tentou voltar, a porta já não estava mais lá. Você procurou, mas não achou nada que pudesse te levar de volta.
E de repente, depois de um tempo e de muitas coisas que aconteceram, a vida fez você tropeçar em algo que te deu outra oportunidade de voltar a esse lugar maravilhoso. Era a vida te dando uma chance. Antes de tropeçar, você estava indo pra um lugar que achava que seria a melhor opção, mas nem sempre a melhor opção é aquilo o que você realmente quer, era só mesmo a melhor opção. Mas ao tropeçar, você pôde escolher algo que não estava no seu leque antes, algo que já esteve um dia, que não deu certo, mas que pode dar, que você quer que dê, que te faz não querer o resto. Você joga tudo pro alto e entra de novo. Você encontra muitos obstáculos, mas você continua desejando aquilo. Você continua. Você cai. Você levanta. Cai de novo, espera. Fica um pouco ali. Se questiona, mas só o que pensa é no quanto você ainda quer aquilo, e se você quer tanto mesmo depois de ter caído, se machucado, então deve valer a pena. Levanta e segue. Você está quase chegando lá, a sensação é... eu não sei o nome disso, é algo que faz você se sentir gigante, mas você continua crescendo, porque tem algo dentro de você crescendo, se fortalecendo, te deixando feliz. Todo o percurso, todo o difícil percurso já começou a valer a pena de novo e dessa vez você não vai abrir nenhuma porta que possa te tirar de lá. Agora o caminho é reto, é longo ou talvez curto, mas você já não está mais se sentindo sozinho. Você sabe que tem algo com você que estará até que você chegue lá. No seu objetivo. 

31 de maio de 2010

"Ria de Si Mesmo"

Mais uma coisinha, uma foto babaca que foi tirada exatamente quando eu e minha amiga estávamos caindo.

back to the past?

Essa questão de voltar no tempo é complicada pra mim. Eu gosto de perceber o quanto eu aprendi com os meus erros, e como eu usaria isso em próximas situações parecidas. Eu gostaria de voltar e fazer do jeito que hoje eu sei que seria o certo, mas poxa, o que é o "certo"? Acho até que se eu voltasse eu cometeria os mesmos erros, e sem querer. Simplesmente porque naquela hora da minha vida eu achei que esse era o certo, ou o que me traria felicidade. Na minha opinião, não podemos dizer se é o certo ou se é o errado, acho que a melhor expressão seria "o que nos deixa mais felizes" ou "o que nos ensina alguma coisa". Existem dois caminhos a se seguir, e não, eles não são taxados de certo ou errado. "Se for pela direita você será mais feliz. Se for pela esquerda, você aprenderá alguma coisa". Talvez as pessoas escolhessem sempre o que as faria felizes se elas soubesse exatamente qual é qual. Acho que é exatamente por isso que não podemos saber qual nos fará feliz, porque se não o mundo estaria repleto de pessoas bobas, felizes e sem experiências de vida.
Espero que em 60% das vezes, aleatoriamente, escolhamos o caminho da felicidade e em 40% das vezes, o que nos trará experiências = conhecimento. Mas a vida vai muito além de porcentagens, aliás ainda bem porque matemática não é o meu forte.

...sei lá...


21 de maio de 2010

Aprisionados

Eu estou me sentindo estranha, ou talvez eu esteja apenas me descobrindo. Sou estranha.
As vezes me sinto tão presa, impossibilitada, me sinto como se estivesse aprisionada. Todos estamos. Dentro de nossos corpos, nossos limites. Esse limite de tudo o que é tocável e o que é imaginário. Não podemos ver nossa energia, nossa alma, espírito, mas é como se fosse a minha única certeza. As pessoas dão tanta importancia a seus corpos, aos corpos dos outros, às curvas e volumes. Pra que? O que temos de mais valioso, constante e certo é o que nós somos. É nossa alma, é o que está aprisionado dentro de toda essa futilidade que as vezes se vinga de nós só porque a gula falou mais alto. Se ele fosse mesmo nosso amigo, não incharia. Mesmo que nao inchasse, não se preocupe com ele, deixe que seus princípios, sua lucidez, seu não-juízo, seus pensamentos, sua energia, suas vontades te guiarem a um mundo do qual ninguém está preso a nada. Estamos todos flutuando, e lá não somos fantasmas, nem invisíveis e nem temos a forma de um corpo. Não temos pernas, nem seios, nem braços, somos algo, cada um de uma cor, ninguém é da mesma cor, ninguém tem preconceito com ninguém, ninguém é igual, a única coisa semelhante a todas essas criaturas, digos os "eus", é que nenhum deles está preso, restrito e limitado. Infelizmente não podemos estar nesse mundo o tempo todo, mas cada um tem sua forma de estar lá. A minha é essa. Estou lá, digo aqui, agora mesmo e você está azul, está todo inconstante voando e se rebeliando, sem ofender e sem atingir ninguém, você apenas motiva todos a serem, a quererem e a voarem.
Estamos te esperando por aqui, esse mundo de loucos ou talvez de normais, mas definitivamente, é um outro conceito de normal, aqui normal é sinônimo de feliz.
"eu no meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total, na loucura real
controlando a minha maluquez misturada com minha lucidez
eu vou ficar, ficar com certeza, maluco beleza"

17 de maio de 2010

Reflections of John Lennon, be also ours

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."


12 de maio de 2010

Amizade: homem x mulher

Existe? Eu juro que não sei. Não faz sentido eu estar escrevendo sobre uma coisa que eu não sei. Mas essa é a questão: existe dúvida. Antes eu achava que sim, claro, com certeza! Mas agora eu não sei.. É claro que existem casos, mas será que esses casos existiriam se não houvesse algum tipo de atração de ambos os lados? Hoje, eu acho que se dois amigos se deixarem sentir algo mais, essa amizade vai além. Fazer o que? é a ordem natural das coisas, homem e mulher...
Eu gostaria que houvesse. Espero que tenha para todo mundo, em algum lugar do planeta, alguém de sexo oposto que esteja te esperando só para ser seu amigo. Que não passe pela cabeça dessa pessoa ser algo mais. Que o único desejo dela seja ser seu amigo. Só; o que já é grande coisa, algo imensuravelmente grande de significado.
Embora, muitas pessoas hoje estejam casadas e felizes com seus melhores amigos... Não que eu crucifique aqueles que querem algo mais com seus amigos(as). Tudo bem, eu não vejo problema, nem acho errado ou injusto, é só uma dúvida que se passou pela minha cabeça, mas que já está indo embora para não me deixar maluca.
Aproveite ao máximo seus amigos(as) enquanto eles(as) ainda são apenas seus(uas) amigos(as).

10 de maio de 2010

Feliz Dia das Mães, Seja você mesmo e Chore

ao som de Excelsior Lady - The Donkeys


Nossa, quanto tempo eu não venho aqui... Sabe o que que é? Hoje, 2ª feira, começa a minha semana de provas. Eu deveria estar estudando, mas quando eu tenho que estudar eu encontro mil coisas pra fazer. E isso inclui passar pano na casa, varrer o chão, lavar louça, arrumar meu armário... E escrever no meu blog esquecido. To brincando, ele não está esquecido, só de repouso. Mas hoje estou aqui, portanto vou falar de ontem, domingo das mães. Antes gostaria de desejar felicidade a todas as mães do mundo. Todos nós, filhos, brigamos e nos irritamos com elas, mas também sabemos que elas são definitivamente essenciais.
Ontem eu e a minha saímos pra almoçar no outback, nosso restaurante favorito. Depois fizemos umas comprinhas e eu dei pra ela uns brincos e um colar que ela gostou lá no shopping. Depois nós fomos ao cinema ver um filme que estreiou na 6ª feira: Querido John. Ai, que filme lindo e masoquista! Eu nunca fiquei com um nó tão imenso na minha garganta com um filme. Eu chorava e chorava mas o nó não saía de lá, e nem cedia. Depois terminou os momentos de tortura do filme, eu enxuguei as lágrimas e saí da sala com a minha mãe.
- Filme lindo né, mãe?
- Ai filha, nem fala se não eu vou chorar...
Começamos a rir e chorar ali no shopping na frente de todo mundo. Eu não conseguia parar, minha maquiagem ficou toda borrada. Foi um desastre. Resolvemos entrar numa loja de sapatos pra esquecer do filme e parar de chorar, só que bem na hora, a vendedora fechou a porta. Comecei a chorar de novo. Que coisa chata, parece que as lágrimas não acabam. Eu sempre fui tão durona, não chorava assim a toa. De uns tempos pra cá eu não sei o que está acontecendo... Não to gostando de estar tão sem controle sob mim mesma. Sob minhas emoções...
Será que os mais felizes são aqueles que vivem e apenas vivem? Digo, os "descontrolados" mesmo...?
Acho que as pessoas tem que ser elas mesmas. Meu pai sempre me diz que a Joana mais bonita é a mais verdadeira e real possível. Mas ele diz também, que é bem difícil uma pessoa ser ela mesma o tempo todo, até os adultos. Aí ele da o exemplo de quando ele está vendo um filme, como esse Querido John, e quer chorar mas não chora por causa das pessoas.
Lá naquela sala de cinema eu tava com uma vontade de chorar bem alto, de berrar, mas eu preferi deixar aquele nó na minha garganta crescer e crescer... A gente não pode repreender nossas vontades e o que a gente é. É difícil mesmo. Eu vivo tentando ser a mais "eu mesma" possível, mas como podemos saber se estamos sendo? Quando eu descobrir, eu posto aqui.
Chorem.

7 de março de 2010

Primeira Vez

 Tudo pela primeira vez tem um significado diferente. Por exemplo o primeiro amor: você pode achar que vai se casar com ele, mas mesmo que você não o leve pra vida toda, você nunca mais vai esquecer os sentimentos que ele te mostrou que existiam. Antes você nem desconfiava que poderia existir alguma coisa tão intensa, urgente e explosiva, mas ele vem e te faz sentir isso e depois se torna alguém que nunca mais vai ser esquecido. A gente conhece tão pouco da vida, e quando experimentamos alguma coisa nova é como se a gente tivesse mais perto da plenitude de conhecimentos existentes da vida. Mas quanto mais a gente aprende, quanto mais a gente conhece, mais coisas descobrimos que existe pra gente saber. A primeira vez de qualquer coisa não pode ser apagada, o desconhecido atrai muito mais do que aquilo do qual a gente sabe tudo. As sensações são o que dão graça a vida, o mistéria, o suspende... São o que faz a gente se sentir bem ou mal, feliz ou triste, interessante ou sem graça. Nem as pessoas mais cultas sobre todos os assuntos tem a capacidade de ter conclusões e respostas sobre tudo. Se alguém conhecesse tudo, não sentiria mais tanto prazer em viver. Porque o que faz a vida ser intrigantemente interessante é você ter ciência que você não sabe de nada e que mais "primeira vez" virão e sensações que você desconhecia te darão mais vontade de não saber de porra nenhuma. Um brinde as novas sensações e aos primeiros amores que nos mostraram que a vida é sim interessante e misteriosa na medida certa.

1 de março de 2010

Quarto escuro

São 2:20AM e eu estou aqui no quarto escuro caindo de sono tentando pensar em alguém que perderia o seu tempo lendo o que eu estou escrevendo agora... Não pensei em ninguém.

28 de fevereiro de 2010

Faxina Interna

Uma faxina é sempre bom para inovar e principalmente renovar.

renovar
1. modificar melhorando
2. substituir

Há um certo tipo de faxina que me agrada de uma maneira especial: a faxina interna. No meu ponto de vista, ela é essencial para que possamos nos desfazer de coisas materiais e tudo aquilo que já não é mais tão útil quanto já foi um dia para nós.
A faxina interna constitui em se livrar de sentimentos que nos oprimem, inveja, arrependimentos, mágoas que já não fazem mais sentido, medos, traumas, amores platônicos e tudo que contribui para o declínio da nossa auto estima, felicidade, independência e amor próprio. Quando você, finalmente, conseguir se livrar do que já não te é mais internamente, útil você conseguirá, com mais facilidade, se livrar de bens materiais que também já não são mais proveitosos no seu dia-a-dia. Eu sou a favor da faxina interna e da prática do desapego.

27 de fevereiro de 2010

Vontades, beatles, insanidade

Hoje, quer dizer, agora me deu uma louca vontade de criar. Só que se essa vontade tivesse um pouco mais de consideração comigo, me daria pelo menos uma pista do que poderia ser... Acho que vou ouvir um pouco de beatles e depois eu volto com um pouco mais de momentos insanos.

26 de fevereiro de 2010

Responsabilidade precoce, ou não.....

As vezes eu fico pensando em como vai ser quando eu tiver que escolher uma profissão a seguir; quando passar a ser uma obrigação ser independente; quando eu tiver responsabilidades que hoje quem tem são meus pais... Eu sei que não vai ser fácil, mas que com o tempo todo mundo se acostuma, e comigo não pode ser diferente.
Eu só acho que a sociedade não deveria exigir que um adolescente cheio de conflitos com o mundo e idéias mirabolantes de como mudá-lo tenha que escolher o que vai querer fazer pelo resto da sua vida assim, tão novo e inexperiente...... ou talvez, eu, como uma adolescente cheia de conflitos com o mundo e idéias mirabolantes de como mudá-lo, esteja apenas arranjando uma desculpa para uma responsabilidade que me assusta.

25 de fevereiro de 2010

Starting.....

Eu já fiz um blog antes, mas não consegui mante-lo. No início era uma empolgação só, mas depois foi virando meio que uma obrigação atualizá-lo, e ai abandonei. Dessa vez, espero que seja diferente, porque uma coisa que eu odeio, mas é quase um hábito meu, é não terminar aquilo que eu comecei, pois o inacabado não atrai ninguém. Eu acho impressionante pessoas que fazem blogs admirávelmente criativos e cheios de seguidores, mas não acho que tenho vocação, por isso meu objetivo de criar um blog hoje é de ter uma motivação para eu explorar melhor minhas teorias. Eu tenho muitas idéias, vontades, inspirações e criatividade, mas o que não é o meu forte é botá-las para fora. Escrever é a minha arte, é o que faz eu me sentir bem. É o que faz eu sentir o meu diferencial e me dá uma vontade de viver cada segundo unicamente. Geralmente quando eu quero escrever vem algo desconhecido na minha cabeça. Alguma coisa que eu não consigo interpretar, não consigo dar forma e nem explicar. É apenas uma vontade imensurável de ser artista, de escrever algo bonito do qual as pessoas se encantem e as façam refletir. Que as façam reparar na grande diferença que existe entre olhar e enxergar, ouvir e escutar, experimentar e sentir, viver e sobreviver, ser feliz, mas entender que não se pode sorrir o tempo todo. Porque a felicidade nunca vai estar sozinha, ela é um pacote. Vem em par com o sofrimento. Quando sofremos, crescemos e nos tornamos felizes novamente.

"Dizem que toda a gente,
durante a sua vida,
encontra uma vez,
mas uma vez só,
a felicidade:
os que reconhecem
são os venturosos."
Mário de Sá-Carneiro