21 de maio de 2010

Aprisionados

Eu estou me sentindo estranha, ou talvez eu esteja apenas me descobrindo. Sou estranha.
As vezes me sinto tão presa, impossibilitada, me sinto como se estivesse aprisionada. Todos estamos. Dentro de nossos corpos, nossos limites. Esse limite de tudo o que é tocável e o que é imaginário. Não podemos ver nossa energia, nossa alma, espírito, mas é como se fosse a minha única certeza. As pessoas dão tanta importancia a seus corpos, aos corpos dos outros, às curvas e volumes. Pra que? O que temos de mais valioso, constante e certo é o que nós somos. É nossa alma, é o que está aprisionado dentro de toda essa futilidade que as vezes se vinga de nós só porque a gula falou mais alto. Se ele fosse mesmo nosso amigo, não incharia. Mesmo que nao inchasse, não se preocupe com ele, deixe que seus princípios, sua lucidez, seu não-juízo, seus pensamentos, sua energia, suas vontades te guiarem a um mundo do qual ninguém está preso a nada. Estamos todos flutuando, e lá não somos fantasmas, nem invisíveis e nem temos a forma de um corpo. Não temos pernas, nem seios, nem braços, somos algo, cada um de uma cor, ninguém é da mesma cor, ninguém tem preconceito com ninguém, ninguém é igual, a única coisa semelhante a todas essas criaturas, digos os "eus", é que nenhum deles está preso, restrito e limitado. Infelizmente não podemos estar nesse mundo o tempo todo, mas cada um tem sua forma de estar lá. A minha é essa. Estou lá, digo aqui, agora mesmo e você está azul, está todo inconstante voando e se rebeliando, sem ofender e sem atingir ninguém, você apenas motiva todos a serem, a quererem e a voarem.
Estamos te esperando por aqui, esse mundo de loucos ou talvez de normais, mas definitivamente, é um outro conceito de normal, aqui normal é sinônimo de feliz.
"eu no meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total, na loucura real
controlando a minha maluquez misturada com minha lucidez
eu vou ficar, ficar com certeza, maluco beleza"

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